sábado, 31 de maio de 2008

Fique por dentro de algumas definições de conceitos citados em sala de aula:
Pastiche é definido como obra literária ou artítica em que se imita grosseiramente o estilo de outros escritores, pintores, musicos, etc.
Modernamente, o pastiche pode ser visto como uma especie de colagem ou montagem, tornando-se uma paródia em série ou colcha de retalhos de vários textos. Nem sempreé grosseiro, como demonstra o romance Em Liberdade, de Silviano Santiago, que é pastiche do estilo de
Gaciliano Ramos. Ou os livros de Fernando Sabino e Ivan Cavalcant Proença que reescreveram Dom Camurro, de Machado de Assis.
No trecho abaixo, Machado de Assis, sem seu conto "O cônego ou a metafisíca do estilo", dazum pastiche bíblico:
Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano, vem... As mandrágoras deram o seu cheiro. Temos as nossas portas toda a casta de pombos...”
”eu vos conjuro, filhas de Jerusalém, que se encontrardes com meu amado, lhe façais saber que estou enferma de amor... “
Era assim, com essas melodia do velho drama de Judá, que procuravam um ao outro na cabeça do cônego Matias um substantivo e um adjetivo...Não me interrompas, leitor precipitado.(...)
Procuram-se e acham-se. Enfim, Silvio achou Silvia. Viram-se caíram nos braços um do outro, ofegantes de canseira, mas remidos com a consciência. “Quem é esta que sobe do deserto, firmada sobre seu amado?” pergunta Silvio, como no Cântico; e ela, com a mesma lábia erudita, responde-lhe que “é o selo do seu coração”, e que “o amor é tão valente como a própria morte.”
O pastiche, procedimento que mescla estilos, também foi cultuado por
Mario Quintana, como neste “Hai-kai tirado de uma falsa lira de Gonzaga, em que o poeta gaucho recorre a uma forma lírica japonesa para imitar o lirismo da obra árcade Marília de Dirceu: Quis gravar “amor ”No tronco de um velho freixo “Marília”, escrevi.

Um comentário:

Anônimo disse...

Este post é uma transcrição literal de um artigo da Wikipedia. Se não havia a intenção de adicionar qualquer informação seria preferível incluir somente o link, com uma recomendação.

Quanto ao artigo original, foi um anônimo que escreveu; além dos erros ortográficos fez confusão de Proenças: assim como Fernando Sabino (Amor de Capitu), Domício Proença Filho também escreveu um pastiche (Capitu: Memórias Póstumas) de Dom Casmurro. Já Ivan Cavalcanti Proença jamais escreveu um pastiche de qualquer obra.

O artigo já foi atualizado, mas os antigos erros aqui permanecem.