domingo, 22 de junho de 2008




Encontro com escritor em sala de aula: fotos do encontro. Fechamos aqui mais um semestre de encontros literários.

sábado, 31 de maio de 2008

Cartas Perto do Coração reúne a correspondência que os escritores Fernando Sabino e Clarice Lispector trocaram entre 1946 e 1969, revelando, muito mais do que meras curiosidades biográficas, as inseguranças e as dúvidas de dois dos mais importantes criadores da literatura brasileira do século 20. O título alude ao primeiro livro de Clarice, Perto do coração selvagem, com o subtítulo: Dois jovens escritores unidos ante o mistério da criação.A obra é um belo instrumento de acesso aos tempos de formação de Clarice, em luta com seus primeiros escritos, sobretudo A Maçã no Escuro, e Fernando, enquanto escreveu seu célebre romance O Encontro Marcado.Clarice Lispector, por exemplo, após a leitura de uma crítica desfavorável de Álvaro Lins, classificando seus primeiros romances de "mutilados e incompletos", abatida, escreveu para Fernando Sabino: Tudo o que ele diz é verdade. Não se pode fazer arte só porque se tem um temperamento infeliz e doidinho. Fernando, como bom amigo, indignado responde: Digo apenas que não concordo com você. Já te disse que você avançou na frente de todos nós (...) Álvaro Lins é um cretino. Alguns parágrafos antes, o escritor se pôs a meditar sobre a insegurança que atormentava a ambos, buscando uma explicação que incluísse a literatura: A gente se angustia é por não saber intimamente o que está fazendo.Em nova carta, Clarice continuou a desabafar: Não trabalho mais, Fernando. Passo os dias procurando enganar minha angústia e procurando não fazer horror a mim mesma. Ela se sentia presa no que chamava de "vida íntima, a um ponto de não ter nenhum sinal exterior". A solidão, o isolamento, a incomunicabilidade eram elementos que perpassaram toda a obra de Clarice. Interrompi mesmo o trabalho, minha impressão é de que é para sempre, afirmou. Em sua resposta, Sabino tentou consolá-la: A arte não nos satisfaz porque não passa disso: é o testemunho de nós mesmos. E diz que é horrível ver a amiga presa "num círculo de giz".Numa carta seguinte, Clarice voltou a ser muito rude consigo: Estou vendo que não disse nada, que não é nada disso, e estou vendo que estou bastante perdidinha. Naquele momento, cheia de dúvidas, ela trabalhou em seu famoso conto O Crime do Professor de Matemática. Estou sempre errando, torturava-se. Na carta seguinte, fazendo coro com as lamentações de Clarice, é a vez de Fernando Sabino dizer: Tudo o que tenho feito cada vez corresponde menos ao que eu queria fazer. Vivendo em Nova York, a solidão agravou a imagem negativa que o escritor tinha de si. Fernando Sabino é realmente um ser de comovente estupidez: no Brasil, tinha casa, amigos, emprego melhor, automóvel (se bem que...), chope no Alcazar..., escreve. Meditando sobre a angústia, em outra carta, Clarice concluiu: A explicação é que me falta realidade. Confessou que estava rascunhando uma tragédia, ao estilo da Idade Média e, solene, se admoestou: Em verdade vos digo, é uma coisa horrível. Mas tive tanta vontade de fazer que fiz contra mim. Comentando a confidência da amiga, Fernando Sabino sugeriu: Desconfio que será uma trilogia, nem trágica nem triste, mas certa, exata e indispensável como são esses livros que a gente escreve para desmoralizar nossa própria necessidade de escrever. E, num esforço para quebrar a tensão, falou de um projeto, a que chamou de Aprendiz de Feiticeiro, no qual esboçou uma divertida e debochada classificação dos escritores. Diagnosticou a existência, por exemplo, dos "que começam e acabam" (José Lins do Rego), "os que acabam e não começam" (Cyro dos Anjos), "os que começam mas não acabam" (Otávio de Faria) e "os que nem começam e nem acabam" (Lúcio Cardoso). E assim aliviou a própria aflição.Vivendo em Berna, onde seu marido, Maury Gurgel Valente, exercia cargo diplomático, Clarice teve a chance de viajar pela Europa. De volta de uma visita à França, escreveu: "Tive um verdadeiro cansaço em Paris de gente inteligente. Não se pode ir a um teatro sem precisar dizer se gostou ou não, e porque sim e porque não. Depois de ler os diários do escritor francês Julien Green, ela comentou: Em muita coisa me sinto tão parecida com ele (...) e, ao mesmo tempo que me dá uma sensação muito boa de comunicação, me dá uma sensação intolerável de prisão, como cada vez que sou compreendida. Já instalado novamente no Rio de Janeiro, Sabino compartilhou com a amiga esse sentimento e manifestou sua repulsa aos conselhos dados por outros escritores: Gide aconselhou que a gente começasse a escrever uma frase sem saber como iria acabá-la, para maior vivacidade do estilo: fui seguir o conselho e hoje em dia sempre que começo uma frase acabo não sabendo mesmo como deve ser terminada, confessou. Já vivendo agora em Washington, para onde o marido foi transferido, Clarice falou de suas dificuldades para aderir ao american way of life. E descreveu assim o estado de introspecção em que a distância a meteu: Passo o tempo todo pensando – não raciocinando, não meditando – mas pensando, pensando sem parar. E aprendendo, não sei o quê, mas aprendendo. Em sua resposta, Fernando Sabino descreve um estado de melancolia muito parecido: Estou ficando vago, e ultimamente ando cada vez mais tolerante com a vaguidão das palavras. Cada um em seu estilo, descreveram um mesmo desalento, que se intensificou nos intervalos da criação. Depois de ler os originais dos contos de Clarice que viriam a compor A Imitação da Rosa, Sabino, deslumbrado com o que leu, mas sem dissimular a inveja, disse: A primeira sensação foi de desânimo. Ora, eis que estou empenhado em escrever um romance importantíssimo para mim, mas impiedosamente limitado como realização artística e – o que é pior – desgraçadamente penoso de ser escrito. E me vem você com esses contos, dizendo, como quem não quer nada, tudo aquilo que eu pretendia dizer um dia. E, para que se visse que a competição não afetava sua amizade, tempos depois Fernando Sabino se empenhou, com esmero, em ajudar Clarice na releitura dos originais de A Maçã no Escuro – que ainda se chamava, a essa altura, A Veia no Pulso. Nas cartas que trocaram a respeito, cheio de cuidados, ele elaborou numa longa lista de sugestões de mudanças, que ocuparam 29 páginas da correspondência entre os dois. Clarice, desanimada, esforçou-se para seguir os conselhos do amigo. Comecei a revê-lo. (...) Não sei como você teve paciência com ele. Estou com pouca, ele é descosido, e tão mal escrito que muitas vezes não dá jeito de consertar, recriminou-se. Ao receber a versão corrigida do romance, foi a vez de Sabino se lamuriar: Fiquei encabulado de ver que você seguiu ao pé da letra demais as minhas sugestões, diz. Tempos depois, lendo os originais de O Encontro Marcado, de Sabino, uma perplexa Clarice admitiu: Perguntei-me de início aonde você pretendia levar o leitor e me levar. Mas se perguntou ainda: O fato de você ter escrito este livro e eu ter escrito o meu, não é o começo da maturidade? Fernando Sabino respondeu: Você pode calcular o que representa este livro para mim, como 'purgação' – motivo evidente de ordem extraliterária, mas necessário para que eu me sinta daqui por diante capaz de escrever sobre o que quiser. Apesar da intimidade cada vez maior, os dois estavam sempre cheios de cuidados. Eu devo ter me exprimido mal quando disse que preferia não ter sido você a pessoa capaz de escrever esse livro, penitenciou-se Clarice numa carta posterior.O que eu queria exatamente dizer é que o livro é doloroso, o livro dói, e eu queria que você não tivesse sido a pessoa que sentiu tudo o que sentiu. Afastada essa dúvida, Clarice pôde dizer: Só posso lhe dizer uma coisa, Fernando: o livro que você escreveu pareceu me libertar mais do que o livro que eu própria escrevi. O que pode parecer só uma troca de frívolas gentilezas foi, na verdade, a manifestação de uma sólida e fecunda cumplicidade.O próprio Fernando Sabino, poeticamente, revelou o conteúdo desta correspondência: O que transparece em nossas cartas é uma espécie de pacto secreto entre nós dois, solidários ante o enigma que o futuro reserva para o nosso destino de escritores.Cartas Perto do Coração é um tratado apaixonado sobre a escritura e sobre o ofício do escritor. Retrato do amor que uniu estes dois grandes nomes de nossa literatura.
O termo abaixo foi citado na aula de Cânone enquanto discutíamos as correspondencias entre autores, como Clarice Lispector e Fernando Sabino e etc.
O termo pode ser aplicado a literatura. Observe:
Voyeurismo é uma prática que consiste num indivíduo conseguir obter prazer sexual através da observação de outras pessoas. Essas pessoas podem estar envolvidas em atos sexuais, nuas, em roupa interior, ou com qualquer vestuário que seja apelativo para o indivíduo em questão, o voyeur. A prática do voyeurismo manifesta-se de várias formas, embora uma das características-chave é que o indivíduo não interage com o objeto (por vezes não cientes de estarem sendo observados); em vez disso, observa-o tipicamente a uma relativa distância, talvez escondido, com o auxílio de binóculos, câmeras, etc., o que servirá de estímulo para a masturbação, durante ou após a observação.
Pessoas que chegam ao prazer observando pessoas nuas ou relações sexuais, sem o consentimento dos envolvidos.
O risco provoca a excitação. Muitos voyeuristas - que, na maioria, são homens solteiros - masturbam-se enquanto assistem. O mestre inglês
Alfred Hitchcock foi quem primeiro deu mais destaque ao voyeurismo, principalmente em sua obra "Janela Indiscreta". Nos anos 80, Brian De Palma tocou novamente no tema, com o clássico Body Double (Dublê de Corpo). Recentemente, Michael Haneke trabalhou sua perspectiva da observação sexual em Caché.

O escritor Hélio Pólvora (nome completo: Hélio Pólvora de Almeida) é natural de Itabuna, Bahia, onde nasceu em 1928, em fazenda de cacau. Fez estudos secundários em Salvador, no Colégio Dois de Julho, Colégio Carneiro Ribeiro e Colégio da Bahia. Iniciou-se no jornalismo como colaborador e editor do semanário Voz de Itabuna; mais adiante, foi correspondente em sua cidade de jornais de Salvador. Em janeiro de 1953 fixou-se no Rio de Janeiro, para curso universitário. Ali residiu pouco mais de trinta anos. Datam desse período o início de sua carreira literária e uma atividade jornalística intensa, que prosseguiram, depois de 1984, na Bahia (Itabuna, Ilhéus e Salvador). À sua estréia em livro com Os Galos da Aurora (contos, 1958, reescrito em 2002), seguiram-se cerca de 25 títulos de ficção e crítica literária, além de participação em dezenas de antologias nacionais e estrangeiras. Contos seus estão traduzidos em espanhol, inglês, francês, italiano, alemão e holandês. A partir de 1990, passou a residir em Salvador. Eleito para a Cadeira 29 da Academia de Letras da Bahia, faz parte também da Academia de Letras do Brasil (sede em Brasília, DF), onde ocupa a cadeira 13, que tem como patrono Graciliano Ramos. Pertence ainda à Academia de Letras de Ilhéus. É Doutor honoris causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Participou, ao lado de nomes como José Guilherme Merquior, Miécio Táti e Ivan Cavalcanti Proença, da Comissão Machado de Assis, instituída pelo Ministro da Educação e Cultura, Jarbas Passarinho, para reconstituir os textos e reeditar a obra do Mestre, foi parecerista do Instituto Nacional do Livro e da Livraria Francisco Alves Editora, no Rio de Janeiro, e em Salvador integrou a Comissão Selo Bahia, criada pela Secretaria da Cultura e do Turismo, no âmbito da Fundação Cultural do Estado da Bahia. Foi editor (Edições Antares, Rio de Janeiro), crítico literário do Jornal do Brasil, Veja e Correio Braziliense, por muitos anos, cronista e crítico de cinema do Jornal do Brasil, Shopping News e outros jornais e revistas. Fundador e editor do jornal Cacau-Letras, em Itabuna. Atualmente é cronista de A Tarde, de Salvador, aos sábados, onde escreve há mais de doze anos. Também publica naquele órgão um artigo semanal, na página de opinião, aos domingos, e tem sido colaborador assíduo do caderno Cultural, de A Tarde. Dos seus livros publicados, doze são de contos literários. Conquistou prêmios literários de nomeada, entre os quais os da Bienal Nestlé de Literatura, anos 1982 e 1986, para contos (1.º lugar), e mais os prêmios da Fundação Castro Maya, para o livro Estranhos e Assustados, e Jornal do Commercio, para Os Galos da Aurora. Assina mais de oitenta traduções de livros de ficção (romances e contos) e ensaios. Visitou a Colômbia, Estados Unidos e Alemanha, a convite oficial, e conhece bem, além do Brasil, a Europa Ocidental.


Fotos da Comunicação Individual de Leonardo Campos sobre o romance Lucíola, de José de Alencar.
Foram 20 comunicações no total.
Canção do exílio é o poema de Gonçalves Dias que abre o livro Primeiros Cantos e marca a obra do autor como um dos mais conhecidos poemas da língua portuguesa no Brasil. Foi escrita em julho de 1843, em Coimbra, Portugal. O poema, por conta de sua contenção e de sua alusão à pátria distante, tema tão próximo do ideário do Romantismo, tornou-se emblemático na cultura brasileira. Tal caráter é percebido por sua freqüente aparição nas antologias escolares, bem como pelas inúmeras citações do texto presentes na obra dos mais diversos autores brasileiros. Sua temática é própria da primeira fase do Romantismo brasileiro, em sua mescla de nostalgia e nacionalismo. Gonçalves Dias compôs o poema cinco anos depois de partir para Portugal, onde fora cursar Direito na Universidade de Coimbra. A Canção do exílio teria surgido por inspiração após a leitura da balada Mignon, de Wolfgang Goethe, poema do qual Gonçalves Dias usa alguns versos como epígrafe.
O texto é estruturado a partir do contraste entre a paisagem européia e a terra natal - jamais nominada, sempre vista com o olhar exagerado de quem está distante e, em sua saudade, exalta os valores que não encontra no local de exílio. A construção patética (de pathos, comoção) é feita pela repetição das idéias expostas nos versos iniciais e pela súplica dos últimos versos.
O poema é marcado por uma contenção formal, uma economia de termos e um cuidado métrico que seria aos poucos abandonado pelos poetas românticos posteriores. Sua forma equilibrada tornou-o material perfeito como texto declamatório. A grande exposição do poema ao longo da história literária brasileira teria, para alguns autores, banalizado a criação ao ponto de extrair do leitor contemporâneo o impacto inicial de seus versos.
A Canção do Exíliofoi amplamente recriada e parodiada, principalmente pelos poetas modernistas; dois de seus versos estão citados no Hino Nacional Brasileiro ("Nossos bosques têm mais vida,/Nossa vida, mais amores."). Estas são algumas das inúmeras releituras e citações que o poema de Gonçalves Dias recebeu, a partir do Modernismo, pelas mãos de diversos poetas brasileiros:

Canção do Exílio - Casimiro de Abreu
Canto de Regresso à Pátria -
Oswald de Andrade
Europa, França e Bahia -
Carlos Drummond de Andrade
Nova Canção do Exílio -
Carlos Drummond de Andrade
Canção do Exílio -
Murilo Mendes
Canção do Expedicionário -
Guilherme de Almeida
Uma Canção -
Mário Quintana
Jogos Florais I e II - Antônio Carlos de Brito (
Cacaso)
Canção de Exílio Facilitada -
José Paulo Pais
Lisboa: Aventuras -
José Paulo Pais
Sabiá - Letra de
Chico Buarque de Holanda e música de Antônio Carlos Jobim
Terra das Palmeiras -
Taiguara
CANÇÃO DO novo EXÍLIO -
Hênio dos Santos


Venha Ver o Pôr-do-Sol é um conto da escritora brasileira Lygia Fagundes Telles , e considerado um dos mais famosos da renomada autora. Foi trabalhado na disciplina O Cânone Literário em março. O conto está inserido no livro Antes do Baile Verde, publicado em 1970, e aborda a história do misterioso Ricardo que resolve matar a mulher que ama por ela não o querer mais. Ele a leva até um cemitério abandonado e a prende em uma catacumba. Através do contato com este conto de Lygia Fagundes Telles, reuni um pequeno grupo da disciplina de Língua Inglesa em Nível Intermediário e decidimos, após apresentar o conto aos integrantes que não conheciam, traduzir o texto de forma adaptada e apresentar.

Algumas mudanças foram realizadas:
- O narrador surge como um personagem em um Bar tomando driques e contando a uma outra pessoa os fatos do conto.

- Os nomes dos personagens foram transpostos para a língua inglesa: Ricardo se tornou Richard e Raquel, Rachel.
- Em homenagem a alguns nomes da literatura e cinema, colocamos algumas lápides no cenário com citações (e uma foto do representante) marcante de determinado escritor ou diretor de cinema. Entre os homanageados estavam: William Shakespeare, Oscar Wilde e Edgar Allan Poe, sobre literatura. Orson Wells, Alfred Hitchcock como homenagens ao cinema. Na trilha sonora da peça, um trecho de As quatro estações e duas músicas instrumentais de cinema como Jaws, do filme Tubarão (de Spilberg) e Psycho, do filme homônimo de Hitchcock.

- Para fazer valer as homenagens complementares, foi colocado no cenário uma réplica de O Barril de Amontillado, buscando fechar as idéias de intertextualidade.

Observe as fotos acima.
Pesquise e saiba mais sobre estes dois nomes da literatura brasileira:
Sousândrade
Joaquim de Sousa Andrade mais conhecido por Sousândrade (Guimarães, 9 de julho de 1833São Luís, 21 de abril de 1902) foi um escritor e poeta brasileiro.
Formou-se em Letras pela Sorbonne, em Paris, onde fez também o curso de engenharia de minas.
Republicano convicto e militante, transfere-se, em 1870, para os Estados Unidos.
Publicou seu primeiro livro de poesia, Harpas Selvagens, em 1857. Viajou por vários países até fixar-se nos Estados Unidos em 1871, onde publicou a obra poética O Guesa, em que utiliza recursos expressivos, como a criação de neologismos e de metáforas vertiginosas, que só foram valorizados muito depois de sua morte, sucessivamente ampliada e corrigida nos anos seguintes. No período de 1871 a 1879 foi secretário e colaborador do periódico O Novo Mundo, dirigido por José Carlos Rodrigues em Nova York (EUA).
Retornando ao Maranhão, comemora com entusiasmo a Proclamação de República. Em 1890 foi presidente da Intendência Municipal de São Luís. Realizou a reforma do ensino, fundou escolas mistas e idealizou a bandeira do Estado, garantindo que suas cores representassem todas as raças ou etnias que construíram sua história. Foi candidato a senador, em 1890, mas desistiu antes da eleição. No mesmo ano foi presidente da Comissão de preparação do projeto da Constituição Maranhense.
Morre em São Luís, abandonado, na miséria e considerado louco. Sua obra foi esquecida durante décadas.
Resgatada no início da década de 1960, pelos poetas Augusto e Haroldo de Campos, revelou-se uma das mais originais e instigantes de todo o nosso Romantismo.
Em 1877, escreveu:
"Ouvi dizer já por duas vezes que o Guesa Errante será lido 50 anos depois; entristeci - decepção de quem escreve 50 anos antes".
Sousândrade em sua época não era conhecido. Morreu sozinho e foi considerado louco.

Qorpo Santo
José Joaquim Leão, natural da vila do Triunfo, interior do Rio Grande do Sul, vai para Porto Alegre em 1840, já órfão de pai, para estudar gramática e conseguir emprego na capital, habilitando-se ao exercício do magistério público, que passou a exercer a partir de 1851.
Casa-se em
1855 e, em 1857, muda-se com a família para Alegrete, cidade na qual funda um colégio, adquirindo respeitabilidade como figura pública, escrevendo para jornais locais e ocupando ainda cargos públicos de delegado de polícia e vereador.
Em
1861, de volta a Porto Alegre, segue a carreira de professor e começa a escrever sua Ensiqlopédia ou seis mezes de huma enfermidade. Parecem manifestar-se, neste momento, os primeiros sinais de seus transtornos psíquicos, rotulados então sob o diagnóstico de “monomania”, sendo afastado do ensino e interditado judicialmente a pedido da própria família. QS não aceita pacificamente este seu enquadramento psiquiátrico, recorrendo ao Rio de Janeiro, sendo examinado então por médicos daquela capital, que diferem do diagnóstico inicial e não endossam sua interdição judicial.
Todavia, o estigma estava posto, e o autor se vê cada vez mais isolado. Este isolamento social parece incitá-lo a escrever febrilmente, e o leva ademais a constituir sua própria
gráfica, na qual viabiliza e edita sua produção textual.
Fique por dentro de algumas definições de conceitos citados em sala de aula:
Pastiche é definido como obra literária ou artítica em que se imita grosseiramente o estilo de outros escritores, pintores, musicos, etc.
Modernamente, o pastiche pode ser visto como uma especie de colagem ou montagem, tornando-se uma paródia em série ou colcha de retalhos de vários textos. Nem sempreé grosseiro, como demonstra o romance Em Liberdade, de Silviano Santiago, que é pastiche do estilo de
Gaciliano Ramos. Ou os livros de Fernando Sabino e Ivan Cavalcant Proença que reescreveram Dom Camurro, de Machado de Assis.
No trecho abaixo, Machado de Assis, sem seu conto "O cônego ou a metafisíca do estilo", dazum pastiche bíblico:
Vem do Líbano, esposa minha, vem do Líbano, vem... As mandrágoras deram o seu cheiro. Temos as nossas portas toda a casta de pombos...”
”eu vos conjuro, filhas de Jerusalém, que se encontrardes com meu amado, lhe façais saber que estou enferma de amor... “
Era assim, com essas melodia do velho drama de Judá, que procuravam um ao outro na cabeça do cônego Matias um substantivo e um adjetivo...Não me interrompas, leitor precipitado.(...)
Procuram-se e acham-se. Enfim, Silvio achou Silvia. Viram-se caíram nos braços um do outro, ofegantes de canseira, mas remidos com a consciência. “Quem é esta que sobe do deserto, firmada sobre seu amado?” pergunta Silvio, como no Cântico; e ela, com a mesma lábia erudita, responde-lhe que “é o selo do seu coração”, e que “o amor é tão valente como a própria morte.”
O pastiche, procedimento que mescla estilos, também foi cultuado por
Mario Quintana, como neste “Hai-kai tirado de uma falsa lira de Gonzaga, em que o poeta gaucho recorre a uma forma lírica japonesa para imitar o lirismo da obra árcade Marília de Dirceu: Quis gravar “amor ”No tronco de um velho freixo “Marília”, escrevi.

domingo, 27 de abril de 2008

Juiz determina que hackers leiam obras clássicas para serem libertados
Redação Portal IMPRENSA

Um juiz federal do Rio Grande do Norte determinou uma condição inédita para conceder a liberdade provisória a três jovens acusados de praticar crimes pela internet. Os rapazes terão que ler e resumir, a cada três meses, dois clássicos da literatura.
As primeiras obras escolhidas pelo juiz Mário Jambo, 49, foram "A hora e a vez de Augusto Matraga", conto de Guimarães Rosa, e "Vidas Secas", de Graciliano Ramos.
Os acusados Paulo Henrique da Cunha Vieira, 22, Ruan Tales Silva de Oliveira, 23, e Raul Bezerra de Arruda Júnior, 30, foram liberados na última quinta-feira (17), após nove meses presos por envolvimento na Operação Colossus, da Polícia Federal.
A operação, deflagrada em agosto de 2007, investiga uma suposta quadrilha que roubava senhas bancárias pela internet. Foram cumpridos 29 mandados de prisão no Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Paraíba.
Ao conceder a liberdade provisória aos três jovens, o juiz listou 12 condições, como não freqüentar casas de prostituição, lan houses e salas de bate-papo virtual. Jambo, que há três anos atua como juiz federal, disse que a Justiça precisa sair da "mesmice".
Os três rapazes aceitaram as condições e já estão soltos. Como os jovens são peritos em internet, o magistrado determinou que os relatórios sobre as obras deverão ser feitos pelos jovens de próprio punho.
Sobre a escolha das obras de Ramos e Rosa, o juiz destacou o caráter educativo. "Nada como ler um 'Vidas Secas' para perceber o que é vida dura, o que é necessidade de dinheiro."
"A decisão [judicial] foi uma forma de integrá-los à sociedade e uma redenção, porque já não há educação no Brasil. Uma decisão dessas favorece jovens a utilizar a inteligência para fins positivos", finalizou Jefferson Witame Gomes Júnior, advogado de Oliveira.
As informações são da Agência Brasil.
Acesse o portal sobre prêmios literários:


Site completo sobre o tema !!!
Faz alguns anos que a universidade, face a face com os produtos mais degenerados da distorcida educação pré-universitária de nosso país, começa a pensar com seus botões se ela própria não estaria contaminada pelo processo de degeneração, sofrendo interferências do despreparo de seus alunos, egressos de um segundo grau que perdido o norte, perdeu também o rumo...Não faz tanto tempo que Osman Lins, de certa maneira traumatizado por uma experiência docente universitária escreveu os antológicos ensaios que, reunidos em Problemas inculturais brasileiros, incluem uma espécie de radiografia de um curso de letras: curso cujo perfil oscila entre um Kafkiano Gregor Samsa acordando atônito transformado em barata e as pirandelianas personagens em busca de seu autor.Em outro registro, mas com o mesmo tema, repetem-se, de ano para ano, na época dos vestibulares, os artigos de jornal onde as impudicícias sintáticas dos vestibulandos acrescidas de seus delírios ortográficos, além de venderem jornal, traçam uma espécie de escândalo hipócrita do decoro, que tampa os olhos e impreca quando forçado a olhar-se no espelho, sob a luz forte de letras, lingüística e congênere, jamais sentimos necessidade de explicitar que tipo de habilidade específica precisa ter um cidadão para ser viável e produtivo seu ingresso num curso superior de Letras. Mas não sabemos isso talvez porque também não saibamos exatamente que tipo de habilidade específica tem o cidadão que, após quatro anos de estudo, sai deste abençoado curso onde exercemos nossas atividades de docência e pesquisa.Mas os tempos mudam, e a universidade quer chamar a si, agora, a responsabilidade do vestibular.Muito bem. Atitude sobre todas louvável. Louvabilíssima, até. Mas que só terá influência positiva na estrutura educacional brasileira se no fôlego que tomar para o desempenho desta sua nova função, reconhecer humildemente que nos últimos tempos, seu currículo institucional não lhe augura um desempenho muito brilhante destas novas funções.Vejamos, por exemplo, como vão os cursos de letras. Aqui, o despreparo do corpo docente para além de saraus lítero gramaticais manifesta-se, por exemplo, nas polêmicas geradas por dois anteprojetos de um curriculum para o curso de letras, onde vezes sem conta interesses particulares se antepuseram aos gerais: mais gramática normativa e menos lingüística ou vice-versa; igualdade entre a literatura brasileira e a portuguesa bertas pela expressão curso de letras restou um papel secundário: na sinfonia do vestibular, cabe-lhes (quando solicitados) elaborar algumas questões relativas a esta ou àquela parte do programa e, a partir de 78 (ano em que os vestibulares passaram a incluir redação e algumas respostas expositivas) a correção de um certo número de provas, no prazo e com os critérios estabelecidos pelas entidades responsáveis pela organização dos exames.Não é necessária muita sofisticação para identificar a inevitável reificaçao do saber avaliando em tal estrutura, onde as várias etapas do processo são autônomas, e onde os critérios de quantificação recobrem todos os outros.Numa espécie de linha de montagem, algumas instituições dessas que organizam vestibulares, acabaram por criar uma espécie de baco de questões que já testadas e aprovadas, podem integrar tanto o vestibular de Oceanografia de Caetetuba Paulista quanto o de Educação Física de Sarapalha de São Tomé.Esta, por assim dizer, conivência com que a universidade conviveu durante bons anos com esta distorcida visão de avaliação de língua e de literatura se acentua ainda mais no caso dos cursos de letras, se observarmos que, enquanto algumas faculdades e institutos de Artes e de Arquitetura, por exemplo, somavam às provas comuns, exames específicos para sua área, nós ou o tratamento da segunda como "estrangeira" exemplificam tópicos de discussão onde, mais do que o perfil de um curso de letras menos ou mais desejável, estava em jogo a manutenção do emprego de cada um.Além disso, nas centenas de cursos de letras reconhecidos em território nacional, a disparidade dos currículos é de endoidar ainda mais o crioulo da música: afora as componentes mínimas definidas pelo Conselho Federal de Educação, o resto são franjas que, quando não atendem aos interesses da rede particular, desenham-se ao sabor das fantasias e dos poderes da autoridades locais: disciplinas voltadas para literaturas estaduais disputam espaço com diferentes dosagens e concepções de teorias literárias, tornando muito difícil, senão impossível, pensar nos cursos de letras como uma estrutura orgânica.Outro sintoma ainda do despreparo institucional dos cursos de letras para um diálogo mais efetivo com os graus de escolaridade pré-universitários através de um substancial alteração dos exames vestibulares é seu absoluto descaso pela efetiva profissionalização de seus alunos: as matérias de licenciatura, por exemplo, confinam-se à faculdade de Educação, numa assumpção cômoda de que o saber ensinar é uma técnica, e que nada tem em comum como que ensinar. Por outro lado, mas no mesmo sentido, a pouca familiaridade dos cursos de letras com questões propriamente educacionais se manifesta, por exemplo, no gesto largo com que letrados autênticos dão de ombros e fazem muchochos de pouco caso quando se discute a formação profissional do professor de literatura, a leitura no curso primário, literatura infantil, e quejandas miudezas.No entanto, esta gritante e enorme omissão da universidade nos rumos assumidos pela educação brasileira ao longo dos anos 60 foi, de certa maneira compensada no interior de algumas universidades e no recesso de alguns poucos departamentos, que sob a forma de dissertações de mestrado e teses de doutoramento, através da participação em simpósios e congressos questionavam o ensino de língua e de literatura.E muito embora os novos rumos que a universidade quer agora traçar para si não sejam fruto direto destes esforços isolados, é nestes esforços que a universidade precisa apoiar-se para cumprir estas novas funções que, com razão, reivindica para si. E a aprendizagem pode começar com algumas perguntas de cujas respostas dependerá a filosofia que presidirá aos exames vestibulares de Comunicação e Expressão.Que práticas de produção de textos são essenciais para alunos que se profissionalizarão na pesquisa e no magistério da língua e da literatura? Respondendo, talvez a esta pergunta, se pode estabelecer como requisito mínimo para ingresso num curso superior que o aluno seja competente no uso da modalidade escrita; competente como emissor e como receptor. Estabelecendo, ainda, que a capacidade de recepção que se quer não é a de recepção passiva, mera reprodução ou paráfrase, mas uma recepção ativa na qual o receptor se posicione face ao texto lido, discutindo suas premissas, avaliando sua argumentação, aceitando-o ou recusando-o. Em uma palavra, quer-se uma recepção que faculte ao leitor o exercício da interlocução. Posto isso, a próxima questão incide sobre a validade dos testes de múltipla escolha para avaliação deste tipo de competência; eles permitem avaliar práticas efetivas de linguagem ou apenas avaliam uma interlocução passiva, uma vez que ao responder questões formuladas através de alternativas mutuamente exclusivas o aluno nunca toma a palavra: tem apenas de colar-se à interlocução que, com o texto, estabeleceu o organizador da questão? Nesse sentido, os tradicionais exercícios de interpretação, compreensão ou interlecçao de textos são exemplares: mascaram, no paráfrase que pedem que o aluno reconheça, a noção de compreensão de que partem. Assumem a compreensão de um texto como sua reprodução, ficando, portanto, além de uma atividade de linguagem significativa. Mas se isto já se é sério quando aplicado a um texto qualquer, isto é seríssimo quando se trata de literatura. Vejamos como e porquê. O que o vestibular de literatura avalia, nos moldes atuais, é o mero reconhecimento, entre as alternativas propostas, daquela que, sobre o assunto mencionado na formulação da questão, apresenta as informações que sobre tal assunto, o aluno recebeu através de manuais didáticos, apostilas, aulas expositivas, fichas de avaliação de leitura, e o resto da parafernália em que se apoiam cursos de literatura a nível de segundo grau. O mesmo ocorre com as questões que prevêem respostas expositivas: a literatura presente no vestibular (e portanto endossada pela universidade que nela se fia para selecionar seus alunos) se confunde com o reconhecimento (ou atribuição, no caso de perguntas que prevêem respostas expositivas) mecânico de características de estilo reduzidas a rótulos: dar o título de uma obra a partir de alguns personagens ou excertos; identificar um autor a partir de excertos, títulos, problemática predominante ou personagens. E assim por diante. Nenhuma das operações mentais que os vestibulares de literatura exigem, exige mais do que operações computadorizáveis. Prescindem, geralmente da leitura de obras literárias propriamente ditas e reduzem os textos de história, crítica e teoria da literatura a estereótipos e chavões, como o confirmam as recomendações que, nas vésperas das provas, professores de cursinhos grandes fazem pela imprensa. Recomendações eficientíssimas, e que geralmente acertam na mosca. Ao patrocinar questões deste tipo, essa imagem da literatura vai, retroativamente modelar o ensino de segundo grau. E não só dele, mas de toda a escola pré-universitária.
A imagem de literatura construída por livros didáticos, apostilas, suplementos de trabalhos é a imagem de literatura que a universidade cobra de seus postulantes que, portanto, têm de ser iniciados nela pela escola. E como a escola é um dos poucos espaços onde ocorre a leitura - em particular a leitura dos "clássicos literários" sobre os quais se fazem as questões de vestibular - esta imagem da literatura é a única que vige. Mas será que ela vige só no lado de fora da universidade. Será que há duas literaturas? Uma configurada pelos conteúdos e metodologias dispensados a esta disciplina no segundo grau, e outra configurada pelas metodologias e conteúdos que configuram os currículos dos cursos universitários de Letras? Se a literatura de que trata a universidade é tão diferente da literatura ensinada no segundo grau, como é possível que alunos, avaliados pelo vestibular atual acompanhem e sejam aprovados em cursos de Letras tal como a universidade os organiza? E que talvez a vigência desta literatura instituição ocorra também no interior da universidade... E extremamente preocupante, se verdadeira, esta hipótese de que os cursos universitários reproduzem o ensino de literatura do segundo grau. Reproduzem aprimorando, é verdade: o instrumental de análise é mais sofisticado, as categorias são multiplicadas e mais afinadas, a historização do literário se aprofunda, o córpus sobre o qual se debruça é ampliado. Mas é uma mímese, embora às avessas. As avessas porque na hierarquia das instituições culturais, a universidade ocupa um patamar superior ao da escola de segundo grau. É inclusive, devido a este poder maior de que ela dispõe que ora se postula a força de sua interferência no ensino de segundo grau, através de uma alteração dos vestibulares. No caso particular da literatura, os vestibulares dos últimos anos têm, bem ou mal, se apropriado do discurso que sobre literatura, transita na universidade. De forma evidentemente desasada empobrecida, o que se faz no segundo grau em nome da literatura é um simulacro, uma paródia das teorias e das histórias da literatura que se formulam e circulam no interior da universidade e em suas adjacências. E também uma relação especular entre o ensino de 2o. e de 3o. graus o que se depreende das constantes solicitações do corpo discente dos cursos de letras, sempre queixosos: ora de que o que estudam na universidade nada tem a ver com o que vão ensinar quando formados, ora na reivindicação de cursos de análise sintática ou literatura infantil no currículo, uma vez que são esses os conteúdos de que se ocuparão em seus futuros e mal pagos empregos de professores de primeiro e segundo grau. A circularidade do processo parece absoluta. E, como já se disse, o vestibular permite uma contemplação privilegiada dela, uma vez que suas questões, organizadas por delegação das várias universidades e com o concurso de alguns de seus membros, devem, por força de lei, pautar-se pelos programas do segundo grau. O que se cumpre religiosamente, como os resultados conhecidos de todos. Por isso, o mea culpa que a universidade ora ensaia pode ricochetear, e é bom que ricocheteie. No exame de consciência que precede a confissão e a penitência, a universidade vai descobrir-se e nesta descoberta talvez a assustem algumas de suas práticas. Por exemplo, o caráter institucional da literatura que ela ensina. Melhor dizendo, a irremediável institucionalização da literatura através de seu ensino. Se não, vejamos: Não obstante noções como estranhamento desfamiliarização, polissemia, ruptura e/ou ampliação de horizonte de expectativas sejam constantes em todas as formulações teóricas modernas que se ocupam da literatura, tais posturas, por fundarem o literário num campo de inseminação que termina por instabilizá-lo, problematizam de forma radical o ensino da literatura.Este começa por estabilizar seu objeto e por apresentar como imanentes as categoria com que opera, por naturalizar seu constructo e por desfigurar na infinitude das interpretações que postula - o caráter histórico de todas suas formulações. Inclusive e principalmente de seu diálogo com a fortuna crítica de um dado autor e de uma dada obra, ou de todo um gênero ou período de estilo que é, necessariamente o ponto de partida de qualquer interpretação literária nova que se queira "audível" para a comunidade de especialistas.A história literária, por exemplo, tal como ela existe na prática escolar, acaba por precipitar uma espécie de "desistorizaçao" do texto. História literária, nas escolas de segundo grau e mesmo num bom número de cursos de letras nada mais é do que um alinhavado de episódios históricos, configurações sociais, nomes de autores e de obras dos quais, graças a uma espécie de princípio de contiguidade emerge, por postulado, um tipo qualquer de relação entre a série literária e as outras.Machado de Assis, por exemplo. O que ele é, nesta história literária, além de monumento vernáculo, é um arremedo do diálogo que a didatização estabelece entre as antigas interpretações machadianas de Sílvio Romero e José Veríssimo, as mais recentes de Lúcia Miguel Pereira e Augusto Mayer e as moderníssimas de Roberto Schwarz e Ismael Cintra.Como no melhor dos casos, a escola apenas informa os alunos destas leituras, mesmo a história literária fica reduzida a uma espécie de coquetel para menores que, se não capazes de provar o vinho autêntico, devem então contentar-se com uma aguada sangria.Resta saber se a auto-referência e a polissemia passam incólumes pelo crivo da escola. Talvez não passem. E talvez não possam passar.Por isso a universidade talvez também não possa e nem deva abrir mão das interpretações da literatura que ela patrocina e põe em circulação. Sem elas, a universidade talvez emudecesse. O que ela pode e deve abrir mão é da capa de neutralidade, naturalidade e transparência com que costuma revestir tais interpretações. E então, ao invés de delirar alto quando se propõe a interferir no ensino de 2o. grau, pode modestamente limitar sua ambição pela fidelidade a seu modo de ser, ao modo de ser de sua relação com a literatura. E em vez de aderir a propostas ingênuas de "leitura livre e criativa" ou "interpretação pessoal", admita que os leitores que ela forma são leitores cuja subjetividade é fortemente marcada pela história de leituras de que cada texto foi objeto, e cuja criatividade se manifesta na interação de uma leitura nova com as outras que um texto já recebeu.Pois, muito mais do que o patrocínio de novos e instigantes trabalhos sobre este ou aquele autor, sobre esta ou aquela obra, sobre este ou aquele gênero, o compromisso da universidade com literatura é que, só através dela, se pode conhecer melhor um determinado tipo de discurso, de alta valorização social, e que tem tido seus códigos e suas convenções constantemente "invisibilizados" pelos predicados que a teoria e a critica literária têm reivindicado para si.E para que um vestibular seja coerente com esta forma de ver a função da literatura num curso de letras, ele precisa avaliar a capacidade de o candidato dialogar tanto com o discurso crítico e teórico que sobre a literatura se tece, quanto com os textos literários propriamente ditos. Na área de literatura, o avanço do conhecimento se dá no diálogo que, estabelecendo-se situacionalizado com a fortuna crítica estabelecida, afina-a, modaliza-a, reescreve-a. E afinando-a modalizando-a, reescrevendo-a, abre perspectivas maiores de conhecimento de uma prática social antiga, mas que tem regras muito precisas no nosso hoje. Regras, já se vê das quais a universidade é cúmplice. E se talvez lhe seja proscrita a ruptura com a cumplicidade, a explicitação dela já basta como primeiro passo para exorcizar a alienação.


Mulheres de Atenas: A Escrita Poética de Todas Nós
Um passeio pela criatividade feminina Quais são as estratégias necessárias para a reescrita dos múltiplos lugares do feminino no mundo contemporâneo? Como falar desta mulher que devora espaços no mercado de trabalho, abraça, materna e quer ser feminina, fêmea, verdadeiramente única e múltipla em cada uma de suas várias facetas? Como ser esta mulher sem se perder em tantos atalhos, sem perder a sua essência criativa? A partir desta reflexão, uniram-se uma Doutora em Literatura, Lívia Natália e uma jornalista e terapeuta, Victória Gramacho, ambas poetas, abrindo um círculo de discussão criativa com mulheres. O objetivo desta palestra é mostrar que você, mulher poeta, e mesmo que ainda assim não se reconheça e nem saiba que é poeta, pode tecer os seus fios criativos, resgatar a sua palavra de força, a sua delicadeza e suas esperanças, levando a este dia a ! dia múltiplo, de tantas e inúmeras facetas, a qualidade criativa que faz a diferença.
ONDE?
Auditório da Saraiva Megastore, no Shopping Salvador. QUANDO? Dia 4 de Maio de 2008, às 17hs. MAIS INFORMAÇÕES WWW.femininamente.blogspot.com 96040757 ou 99554229 livianataliass@gmail.com vic-gramacho@uol.com.br
Uma importante base de pesquisa para saber o que as Universidades do país estão cobrando em seus vestibulares. Como professor, não deixe de avaliar:


A riqueza da literatura ao seu alcance
O Literatura Vestibular 2008 nasceu para ajudá-lo a enfrentar o desafio do ingresso na faculdade. Nosso objetivo, porém, vai além: queremos mostrar um pouco da riqueza do mundo da escrita em língua portuguesa, incentivando-o a conhecer diretamente as obras. Vale muito a pena!Nesta publicação, apresentamos a você as mais importantes escolas literárias do Brasil e de Portugal e trazemos a síntese de 30 obras cujo conhecimento é exigido nos vestibulares. A edição é enriquecida pelas biografias dos autores, por trechos comentados dos livros e por indicações de filmes e quadrinhos baseados em obras consagradas. As sínteses aqui apresentadas não poderiam, nem pretendem, substituir a leitura dos livros. Seu objetivo é contextualizar as obras e apresentar suas referências históricas e sociais.
Algumas dicas de apresentação de trabalhos acadêmicos:
REDAÇÃO E LINGUAGEM

O conhecimento científico surge dos diferentes modos de produção do conhecimento e do uso que se faz dele. O progresso científico está atrelado a circulação e ao uso efetivo das idéias, já que a informação constitui a um só tempo insumo e produto de toda atividade científica.
Escrever é uma decorrência natural do estudo e da pesquisa e requer metodologias relacionadas a elaboração e apresentação dos processos organizacionais e técnicos.
Os Trabalhos Acadêmicos-científicos (TACs), são documentos que apresentam o resultado formal de um estudo ou investigação científica. São elaborados observando os mesmos princípios, porém diferem quanto a natureza e aos objetivos.
São considerados TACs: Trabalho de Graduação Interdisciplinar (TCI), Trabalho de Conclusão de Cursos de aperfeiçoamento e especialização (TCC)
, Dissertação, Tese.
Para a redação devem ser observadas as características da linguagem científica como:
Exatidão = precisão conceitual e terminológica.
Clareza = idéias expressas sem ambigüidade, uso vocabulário adequado, frases curtas.
Simplicidade e Objetividade = assuntos tratados de maneira direta e simples.
Coerência = seqüência lógica e ordenada na apresentação das idéias.
Impessoalidade = evitar o uso da primeira pessoa plural e singular.
Recomenda-se o uso do verbo na terceira pessoa, evitando-se pronomes da primeira pessoa tanto no plural quanto no singular (Adotar ...procurou-se analisar os resultados ... e não ...procuramos analisar os resultados...).
É importante lembrar que o uso do vocabulário adequado e de frases, sem verbosidade, facilita a leitura e prende a leitura do leitor.

1 ASPECTOS NORMATIVOS E GRÁFICOS – ABNT - NBR 14724 ago 2002

O texto deve ser digitado no anverso da folha em papel branco, de boa qualidade, formato A4 (21 cm X 29,7 cm) e impresso na cor preta, com exceção das ilustrações.
Recomenda-se para digitação a adoção de fonte tamanho 12.
O projeto gráfico é de responsabilidade do autor do trabalho. O importante é manter a uniformidade em todo o trabalho.
As folhas devem apresentar margens esquerda e superior de 3 cm e direita e inferior de 2 cm.
Todo o texto deve ser digitado com espaço duplo.
Usa-se espaço simples para:
- citações longas,
- notas de rodapé,
- entre as linhas de uma referência,
- legendas das ilustrações e tabelas,
- ficha catalográfica.

Na folha de rosto, a natureza do trabalho, o objetivo, o nome da instituição, e a área de concentração devem ser digitadas em espaço simples e alinhadas ao meio da folha para a margem direita.
Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por dois espaços duplos.
O indicativo numérico de uma seção precede seu título, alinhado à esquerda, separado por um espaço.
(1 INTRODUÇÃO).
A paginação deve ser colocada em evidência, preferencialmente no ângulo superior, dentro da margem direita, em algarismos arábicos não se usando nenhum tipo de pontuação ou sinal antes ou após o número. Todas as páginas são computadas, porém a numeração aparece efetivamente a partir da segunda página do texto.
As referências bibliográficas, ao final do trabalho, devem ser digitadas na margem esquerda usando espaço simples (um) entre as linhas e espaço duplo entre elas. Os elementos componentes das referências são separados entre si por espaço.
Usam-se letras maiúsculas para:
- Sobrenome de autor,
- Primeira palavra da referência quando a referência começa pelo título,
- Nomes de entidades coletivas,
- Entradas de eventos e congressos,
- Nomes geográficos quando se tratar de Instituições Governamentais da administração direta.
Os títulos sem indicativo numérico devem ser centralizados. (Sumário, Tabelas, Resumo, Referência, Apêndice, Anexo)
As abreviaturas, quando citadas no texto pela primeira vez, devem vir precedidas do nome e entre parênteses. ( Organização das Nações Unidas (ONU).)


2 ESTRUTURA DOS TRABALHOS ACADÊMICOS-CIENTÍFICOS (TAC)
ABNT - NBR 14724 ago 2002


A estrutura dos TACs compreende elementos pré-textuais, textuais e pós- textuais.
· Elementos pré-textuais: Elementos que antecedem o texto com informações que ajudam na identificação e utilização do trabalho.
Capa: Contém dados que identificam o documento: autoria, título e outros dados à critério do autor. È a proteção externa do trabalho.
Folha de Rosto: Contém os elementos essenciais que identificam o trabalho. Apresenta no alto da página o nome do autor, a seguir o título do documento em destaque no centro da página. Incluir nota explicativa referente ao nível a que se destina o trabalho, com destaque para a área de Concentração, Unidade, Orientador e Instituição. Centrados na parte inferior os dados referentes as notas tipográficas (Local, Instituição e Ano), um em cada linha.
Folha de Aprovação: Deve conter data de aprovação, nome completo dos membros da banca examinadora e local para assinatura dos mesmos.
Páginas Preliminares: Páginas que antecedem ao sumário.
· Dedicatória: Texto no qual o autor presta uma homenagem ou dedica seu trabalho a alguém.
· Agradecimentos: Manifestação de agradecimento a pessoas e instituições que, de alguma forma, colaboraram para a execução do trabalho.
· Epígrafe: Folha na qual o autor apresenta uma citação, seguida da indicação da autoria, relacionada com a matéria tratada no corpo do trabalho.
Resumo: É a recapitulação sucinta das partes mais importantes do texto. É obrigatório em dissertações, relatórios, teses e artigos de revistas. Redigido pelo próprio autor em linguagem clara, concisa, direta contendo no máximo 500 palavras. Deve ressaltar o objetivo, o método, a técnica, o resultado e as conclusões do trabalho. Recomenda-se evitar abreviaturas, fórmulas, equações e diagramas que não sejam absolutamente necessários à compreensão, bem como palavras ou expressões supérfluas como: -“O presente estudo trata de...”. Dar preferência a terceira pessoa do singular e ao verbo na voz ativa. Não utilizar frases negativas, símbolos, contrações e parágrafos. Localiza-se antes das Listas e do Sumário e apresenta a referência bibliográfica no alto da folha.
Listas: Relação de elementos ilustrativos e/ou explicativos.
Sumário: Listagem com a indicação do conteúdo do documento. Mostra as divisões e seções do texto na mesma seqüência e grafia adota na redação. Usa-se o termo SUMÁRIO e não ÍNDICE.
· Elementos textuais: É o núcleo dos trabalhos acadêmicos, é nesta parte que o autor apresenta a matéria.
Introdução: Parte inicial do texto, elaborada de forma clara e precisa, onde devem constar a delimitação do assunto, objetivos e outros dados necessários sobre o tema pesquisado. Seu objetivo principal é situar o leitor no contexto da pesquisa, levando-o a perceber claramente o que será analisado, como e por que as limitações foram encontradas, o alcance da investigação e suas bases teoricas gerais, sem contudo repetir ou parafresear o resumo, nem dar os dados sobre a teoria experimental, o método ou os resultados, nem antecipar as conclusões e as recomendações contidas no estudo.
Alguns autores preferem abrir uma seção só para revisão de literatura. Ela deve vir após a introdução e antes do desenvolvimento e os dados apresentados em ordem cronológica.
Desenvolvimento: Parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem e do tema.
Conclusão: Parte final do trabalho, na qual se apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses. O autor apresenta seu ponto de vista sobre os resultados obtidos. Nesta etapa não é permitida a inclusão de dados novos.
· Elementos pós-textuais: São materiais complementares, que tem por finalidade documentar ou esclarecer o texto, no todo ou em parte, sem contudo integrá-lo.
Referências Bibliográficas: Conjunto de elementos padronizados que permite identificar os documentos que foram utilizados na redação do texto.
Anexos e Apêndices: Documentos complementares e/ou comprobatórios do texto com informações esclarecedoras, colocados à parte, para não “quebrar” a seqüência lógica da exposição. Quando há mais de um, cada anexo deve conter ao alto da página a palavra ANEXO, numerado sucessivamente em algarismo arábico.
· Apêndice: Texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumetnação, sem prejuízo da unidade do trabalho.
· Anexo: Todo documento não elaborado pelo autor que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.


3 CITAÇÕES EM DOCUMENTOS – ABNT - NBR 10520 ago 2002


Citações são pensamentos, conceitos, definições retirados das publicações consultadas para a realização do trabalho.
Tem por objetivo esclarecer ou complementar as idéias do autor, informando obrigatoriamente a fonte onde foi retirada a informação. Devem ser indicadas no texto por um sistema de chamada, que será mantido ao longo de todo o trabalho.
Todos os trabalhos citados devem, obrigatoriamente, constar da lista de referências bibliográficas
Sistemas de chamadas no texto
As citações devem indicadas no texto por um sistema numérico ou alfabético.
· Sistema numérico
A indicação da fonte é feita por uma numeração única e consecutiva, em algarismo arábicos, remetendo à lista de referências bibliográficas na mesma ordem que aparecem no texto. Podem vir entre parênteses, alinhado ao texto ou sobrescrito, após a pontuação que fecha a citação.
Na listagem de referência os trabalhos são relacionados por ordem que aparecem no texto.
Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, previvendo.” (15) ou
Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, previvendo.” 15
O nome do autor pode, em alguns casos, não aparecer, sendo citada apenas a idéia ou pensamento, seguido da indicação numérica.
Entretanto, o modelo de Cumming e Richards12
... dados então existentes para a fabricação do medicamento...1

Sistema alfabético (autor-data)
A indicação da fonte é feita pelo sobrenome de cada autor ou pelo nome de cada entidade responsável, seguida da data de publicação, separados por vírgula e entre parênteses.
Na listagem de referência bibliográfica os trabalhos são organizados alfabeticamente.
Merrian e Caffarella (1991, p.32) observaram que a localização de recursos tem papel crucial no processo de aprendizagem dirigida.
“Comunidade tem que poder ser intercambiada em qualquer circunstância, sem quaisquer restrições estatais, pelas moedas dos outros Estados-membros.” (COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPÉIAS, 1992, p.s34).


TIPOS DE CITAÇÃO

· Citação direta
São citações diretas aquelas que reproduzem literalmente o texto original.
A extensão de uma citação determina sua localização no texto. Se tiver até três linhas, deve ser incorporada ao parágrafo; sendo mais extensa, deve ser apresentada abaixo do texto, em bloco recuado, sem necessidade de aspas.
- Com até três linhas devem vir entre aspas duplas.
“Não se mova, faça de conta que está morta.” (CLARAC; BONNIN, 1985, p.104)
- Com mais de três linhas, são transcritas em bloco e destacadas com recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado e sem as aspas, constituindo um parágrafo único.
Os agentes antidepressivos (em geral TCA) são frequentemente utilizados na tentativa de suicídio, de modo que seus efeitos tóxicos agudos constituem um assunto de importância prática. (RANG et al, 2001, p.94).

· Citação de citação

A transcrição de um texto ao qual não se teve acesso ao documento original. Só deve ser utilizada na total impossibilidade de acesso ao documento original.
No texto, a citação de citação obedece a ordem: autor do documento não consultado seguido da expressão “apud” (que significa conforme, citado por) e autor da obra consultada.
Benfey (1976, p.57) citado por Solomons (1982, p.79) ou (BENFEY, 1976, p.57 apud SOLOMONS, 1982, p.79)
A referência bibliográfica, neste caso, inicia pelo autor do documento não consultado seguido dos dados do documento original. Os dois trabalhos são listados; na letra “B” o trabalho do BENFEY e na letra “S” o SOLOMONS.

ENFEY, O T. The names and strutures of organic compounds. New
York : Wiley, 1976 apud SOLOMONS, T.W.G. Química orgânica. Rio
de Janeiro, LTC, 1982. v.1.Na letra “B”
SOLOMONS, T.W.G. Química orgânica. Rio de Janeiro, LTC, 1982. v.1.Na letra “S”

· Citações indiretas


Reproduz idéias da fonte consultada sem, no entanto transcrever o texto. O uso de aspas é dispensável.
O Brasil representa, para estes, importante fonte financeira para pagamento de suas importações de bens de consumo. (SILVA, 1999, p.43)
Segundo Costa e Couto (1997, p.23), há uma relação da qualidade do café com os diversos constituintes físico-químicos reponsáveis pelo aroma e sabor característicos da bebida.


· Observações
- Dados obtidos por informação verbal (palestras, debates, comunicações etc.) ou dados de trabalhos em fase de elaboração, indicar, entre parênteses informação verbal ou em fase de elaboração e mencionar os dados disponíveis, em nota de rodapé.
No texto: O novo medicamento estará disponível até o final deste semestre.
(informação verbal)1


1Notícia fornecida por John A Smith no Congresso Internacional de Engenharia Genética, em
Londres, em outubro de 2001.
- Citações indiretas de diversos documentos de diversos autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vírgula, em ordem alfabética.
Diversos autores salientam a importância do “acontecimento desencadeador” no início de um processo de aprendizagem (CROSS,1984, p.58; KNOX, 1986;p.29; MEZIROW,1991, p.33).
- Quando o autor for incluído no texto ele deve ser grafado em letras minúsculas, com a data e a página entre parênteses.
Em Teatro Aberto (1963, p.76) relata-se a emergência do teatro do absurdo.
- Quando houver coincidência de sobrenome de autores acrescentar as iniciais do prenome.
(BARBOSA, C., 1988,p.67) (BARBOSA, O. 1934, p.32)
- Citação de diversos documentos do mesmo autor com datas diferentes, separar por vírgula da mais antiga para mais atual.
(DREYFUSS, 1989, 1991, 1995).
- Quando houver mais de um trabalho do mesmo autor, publicados no mesmo ano, distingüir pelo acréscimo de letras minúsculas, em ordem alfabética, após a data, sem espaçamento, conforme a lista de referências.
De acordo com Reeside (1927a, p.154)... Ou ...(REESIDE, 1927b, p.13).
- No caso de documentos sem indicação de autoria ou responsabilidade, citar pela primeira palavra do título seguida de reticências .
No texto ...(ANTEPROJETO ..., 1987, p.57)
Na listagem de referência:
ANTEPROJETO de lei. Estudos e debates, Brasília, n.13,p.51-60, jan.1987.
- Se optar pelo sistema de chamada numérico a listagem de referência bibliográfica deve estar organizadaconforme a ordem de citação dos autores no texto e numeradas.
- Quando utilizar mais de um autor para redigir um parágrafo, separar por ponto-e-vírgula.
(CLARAC; BONNIN, 1985, p.280; DERRIDA, 1967,p.31; RIBEIRO et al., p.22)
-Quando o autor for uma entidade coletiva conhecida por sigla. Na primeira vez que for citar adotar o nome por extenso seguido da sigla, nas citações subsequentes somente a sigla.
A TAB.1 confirma os dados apresentados anteriormente. (INSTITUTO
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE,1975).
- A alfabetação dos autores segue a ordem alfabética, e dentro da ordem alfabética a ordem cronológica

sábado, 19 de abril de 2008


Lista dos Clássicos da Literatura enviada pela Profª Drª Eliana Mara:

eja a seguir uma lista com os 30 melhores romances brasileiros de todos os tempos
1. Grande Sertão: Veredas (1956) - Guimarães Rosa

2. Dom Casmurro (1900) - Machado de Assis

3. Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) - Machado de Assis

4. Macunaíma (1928) - Mário de Andrade

5. Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915) - Lima Barreto

6. Quincas Borba (1892) - Machado de Assis

7. Memórias de um Sargento de Milícias (1854-55) - Manuel Antônio de Almeida

8. Vidas Secas (1938) - Graciliano Ramos

9. São Bernardo (1934) - Graciliano Ramos

10. Memórias Sentimentais de João Miramar (1924) - Oswald de Andrade

11. A Hora da Estrela (1977) - Clarice Lispector

12. A Paixão Segundo G.H. (1964) - Clarice Lispector

13. Serafim Ponte Grande (1933) - Oswald de Andrade

14. O Ateneu (1888) - Raul Pompéia

15. O Tempo e o Vento (1949 - 1961) - Érico Veríssimo
16. Fogo Morto (1943) - José Lins do Rego

17. Esaú e Jacó (1904) - Machado de Assis

18. A Menina Morta (1954) - Cornélio Penna

19. Menino de Engenho (1932) - José Lins do Rego

20. Os Ratos (1936) - Dyonélio Machado

21. Iracema (1865) - José de Alencar

22. O Amanuense Belmiro (1937) - Cyro dos Anjos

23. Corpo de Baile (1956, 3 volumes) - Guimarães Rosa

24. Angústia (1936) - Graciliano Ramos

25. O Cortiço (1890) - Aluísio Azevedo

26. O Quinze (1930) - Rachel de Queiroz

27. Água Viva (1973) - Clarice Lispector

28. Crônica da Casa Assassinada (1959) - Lúcio Cardoso

29. Mar Morto (1936) - Jorge Amado

30. Terras do Sem Fim (1942) - Jorge Amado

CORREIOS

SISTEMA ABERTO DE SELEÇÃO DE PATROCÍNIOS

Área Pretendida:
HUMANIDADES – EVENTO LITERÁRIO E PROGRAMA DE INCENTIVO À LEITURA

Nome do Projeto:
CORREIO LITERÁRIO


Proponente:
ATALHO PRODUÇÕES ARTÍSTICAS LTDA.


Realização
Alunos da disciplina “Literatura Brasileira Contemporânea”, do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia.

Abril/2008

PROJETO CORREIO LITERÁRIO


1. INTRODUÇÃO – A DRAMÁTICA SITUAÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA NO PAÍS


O IBOPE, por meio do Instituto Paulo Montenegro, realiza anualmente pesquisas para definir o painel de alfabetismo no Brasil, através de um indicador chamado INAF – Indicador de Alfabetismo Funcional. O indicador mensura os níveis de alfabetismo funcional da população brasileira entre 15 e 64 anos de idade, englobando residentes de zonas urbanas e rurais de todas as regiões do Brasil, quer estejam estudando quer não. O último levantamento, feito em 2007, aponta as seguintes conclusões principais:

“A maioria dos brasileiros (64%) entre 15 e 64 anos que estudaram até a 4ª série atinge no máximo o grau rudimentar de alfabetismo, ou seja, localizam somente informações explícitas em textos curtos e efetuam operações matemáticas simples, mas não compreendem textos mais longos nem definem estratégias de cálculo para resolução de problemas.
E ainda mais grave: 12% destas pessoas podem ser consideradas analfabetas absolutas em termos de leitura/escrita, não conseguindo codificar palavras e frases, mesmo que simples, além de terem dificuldade em lidar com números em situações do dia-a-dia.
Dentre os que cursam da 5ª a 8ª série, apenas 20% podem ser considerados plenamente alfabetizados e 26% ainda permanecem no nível rudimentar, com sérias limitações.
Enquanto 47% dos que cursaram ou estão cursando o Ensino Médio atingem o nível pleno de alfabetismo, esperado para este grau de escolaridade, outros 45% ainda permanecem no nível básico.
Somente entre aqueles que atingem ou completam o Ensino Superior observa-se uma maioria (74%) com pleno domínio das habilidades de leitura/escrita e das habilidades matemáticas.”

Diante da gravidade da situação, o Governo Federal, por meio de uma ação conjunta entre os Ministérios da Cultura e da Educação, criou o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), que é um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas em desenvolvimento no país, empreendidos pelo Estado (em âmbito federal, estadual e municipal) e pela sociedade. O PNLL baseia suas ações em quatro “Eixos Estratégicos”:

A - A democratização do acesso (implantação de novas bibliotecas, fortalecimento da rede atual de bibliotecas, conquista de novos espaços de leitura, distribuição de livros gratuitos e outros);

B - O fomento à leitura e a formação de mediadores (formação de mediadores de leitura, projetos sociais de leitura, sistemas de informação nas áreas de bibliotecas, prêmios às ações de incentivo às práticas sociais de leitura e outras);

C - A valorização da leitura e comunicação (ações para criar consciência sobre o valor social do livro e da leitura e outras);

D - O desenvolvimento da economia do livro (desenvolvimento da cadeia produtiva do livro e fomento à distribuição, circulação e consumo de bens de leitura).


2. O PROJETO CORREIO LITERÁRIO.

Os alunos da disciplina Literatura Brasileira Contemporânea do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia se organizaram e decidiram propor um projeto que pretende contribuir na solução da questão da leitura, pelo menos em relação aos itens B e C citados no parágrafo anterior.

Estão previstas várias ações de estímulo à leitura, e o pensamento geral é que o local mais adequado para a realização do evento seria o Shopping Center Piedade (Salvador, BA), por sua localização, pela proximidade com várias escolas de ensino médio e fundamental das redondezas e pela quantidade de público circulante no local (de 60 a 80 mil pessoas diariamente).

Além da tentativa de obtenção do patrocínio junto aos Correios, já foram tomadas algumas iniciativas na busca de outros apoios, principalmente de órgãos ligados à questão do livro. Já temos sinalização de apoio da Fundação Pedro Calmon (órgão da Secretaria da Cultura do Estado responsável pela política do livro, bibliotecas e arquivos públicos da Bahia) e do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia.

Os benefícios institucionais do empreendimento são inegáveis, pois cremos que qualquer projeto de incentivo à leitura terá a simpatia da sociedade.


3. DESCRIÇÃO DO PROJETO

O projeto prevê ações de estímulo à leitura, que seriam realizadas em uma das praças do Shopping Center Piedade, em Salvador (BA), com o desenvolvimento das seguintes atividades principais:

a. Programas de estímulo à leitura – Ações na praça do shopping

· Distribuição de folhetos de divulgação nas áreas de acesso ao shopping Center;
· Instalação de estande para recepção de livros doados;
· Oficinas de leituras de contos e crônicas de grandes nomes da literatura brasileira;
· Recitais de poesia com grupos dedicados ao tema;
· Saraus lítero-teatrais com temas de estímulo à leitura;
· Instalação de painéis alusivos ao tema de estímulo à leitura;
· Instalação de painéis em homenagem ao centenário da morte de Machado de Assis;
· Instalação de “varais culturais”, onde seriam pendurados textos de crônicas, contos e poesias de autores brasileiros mais consagrados, para distribuição gratuita aos interessados.

Nota: Os livros recebidos em doação serão encaminhados à Fundação Pedro Calmon, órgão responsável pelas bibliotecas públicas do Estado da Bahia.

b. Programas de estímulo à leitura: Concurso Literário:

Realização de concurso de contos/crônicas e poesia, destinados a estudantes do ensino médio (segundo grau).
Os trabalhos seriam analisados por três jurados (professores do Instituto de Letras da UFBA), que escolheriam os três primeiros colocados nas duas categorias. Os prêmios seriam:

- 1º lugar: um computador portátil (laptop)

- 2º lugar: uma máquina fotográfica digital

- 3º lugar: uma coleção das Obras Completas de Machado de Assis.

Nota: Os prêmios serão entregues até 30 dias após o final do evento, para que os jurados possam analisar as obras, provavelmente num evento no Instituto de Letras da UFBA.
c. Programa de estímulo à leitura – Correio Literário

Nessa atividade, estamos sugerindo aos Correios que, durante o período da realização do evento, toda remessa/doação de livros por pessoas físicas seja feito gratuitamente (se a legislação permitir, ou então sob a forma de “carta social”). Assim, qualquer pessoa física que desejasse remeter um livro para outra pessoa física ou fazer uma doação para alguma biblioteca ou instituição não pagaria as despesas de remessa pelos Correios.
Outra ação de marketing sugerida seria a criação de cartões postais (similares aos feitos pelos Correios na época do Natal) com textos literários de autores brasileiros, e que também seriam remetidos gratuitamente.


d. Selo comemorativo

Outra sugestão é a criação pelos Correios de um selo comemorativo do centenário da morte de Machado de Assis, no dia 19 de setembro de 2008, o que daria um peso mais significativo ainda ao evento.

4. PERÍODO DE REALIZAÇÃO:

A proposta é realizar o evento durante quatro dias, no período de 17 a 20/09/2008, para coincidir com as comemorações do centenário da morte do escritor Machado de Assis (19 de setembro de 1908).

5. DIVULGAÇÃO:

- Distribuição de releases para os principais órgãos de imprensa;

- Divulgação no âmbito da Universidade Federal da Bahia;

- Distribuição de cartazes nas universidades e escolas de ensino médio;

- Distribuição de folhetos nas áreas de acesso ao shopping Center;

6. CONTRAPARTIDAS.

- Ganhos institucionais e de imagem para os Correios, devido à visibilidade do projeto, com o apelo institucional de uma ação voltada para a difusão do livro;

- Integração da Universidade, do Poder Público, estudantes e público em geral;

- Divulgação da logomarca dos Correios em todas as peças de divulgação e de difusão do livro (cartazes, folhetos, painéis);

- Divulgação e citação da marca em todas as matérias jornalísticas e de divulgação (releases).


7. CUSTOS DO PROJETO:

O total do custo previsto para o Projeto Correio Literário é de
R$ 29.424,08 (vinte e nove mil e quatrocentos e vinte e quatro reais e oito centavos).
A demonstração detalhada está na Planilha de Custos em anexo.

8. ANEXOS:

ANEXO 1 - Relação dos alunos participantes
ANEXO 2 - Planilha de Custos
ANEXO 3 - Ficha de Inscrição


PROJETO CORREIO LITERÁRIO

ANEXO 1

RELAÇÃO DOS ALUNOS PARTICIPANTES


Disciplina: Literatura Brasileira Contemporânea
Professora: Profa. Dra. Eliana Mara Chiossi


1. Andréia M. Guimarães
2. Antônio Carlos Monteiro Teixeira Sobrinho
3. Clara Fernandes
4. Edilaine Gomes do Nascimento
5. Galbenia dos Santos Grego
6. Gislene Ramos do Nascimento
7. Isabel Rabelo Mendes
8. Izabel Moreno
9. Juliana O Esquives
10. Lessandra da França Ramos
11. Mariluce Bonfim Lemos
12. Maria Elisabeth Chaves Santos
13. Maria Joana Dourado Guerra
14. Milena R. Aires Carvalho
15. Nivaldo Oliveira Lariú
16. Rená Andrade Dourado
17. Sabrina Jesus Borges
18. Viviane Leita Macias